O que é a transformação digital?
Transformação digital consiste no processo de usar tecnologias digitais para mudar fundamentalmente a forma como uma organização opera e entrega valor aos seus clientes. Envolve a integração de tecnologias digitais em todas as áreas de negócio, com o objetivo de potenciar os níveis de eficácia, agilidade e produtividade da organização e, assim, alavancar os seus resultados e sustentabilidade, incluindo a tecnologia no seio da estratégia de negócio definida pela organização.
No entanto, um processo de transformação digital não passa apenas pela digitalização de processos nos vários departamentos da empresa. É essencial agregar valor e otimizar processos para aumentar a eficiência dos vários recursos das empresas. Assim, a transformação digital assenta em três pilares: Pessoas, Processos e Tecnologias de Informação. Sem a devida interligação entre estes três elementos, a transformação digital não será bem sucedida.
Assim, a transformação digital pode não ser fácil de conquistar. É um processo que requer planeamento, investimento financeiro, longos períodos de desenvolvimento e recursos humanos. Por isto, e de acordo com um estudo do MIT, apenas 22% dos CIO (Chief Information Officers) afirmam que a sua empresa está "digital ready", isto é, pronta para o digital.
78%
dos CIO afirmam que a sua empresa não está digitalmente preparada para projetos de transformação.
78%
dos Diretores Executivos de Informação afirmam que a sua empresa não está digitalmente preparada para projetos de transformação.
Neste artigo exploraremos estratégias que podem ser implementadas para fazer frente aos desafios da transformação digital, alimentar uma cultura de inovação e acelerar projetos digitais, visando a preparação das empresas para o futuro.
Como Podem As Empresas Acelerar a Sua Transformação Digital?
1. Construir um plano de TI alinhado com os seus objetivos, necessidades e indicadores contextuais.
2. Oferecer formação técnica aos funcionários, para melhorar a literacia digital da mão de obra.
3. Investir em experiências que vão ao encontro das necessidades dos clientes.
4. Monitorizar a adoção de novas aplicações baseadas nos funcionários e experiências direcionadas aos clientes.
5. Adotar uma abordagem agile em todas as operações e processos.
6. Investir em ferramentas e construir processos que são reutilizáveis.
7. Fornecer aos funcionários ferramentas de apoio à sua performance.
8. Tornar-se uma empresa data driven.
9. Comunicar de forma transparente com os funcionários.
10. Encorajar os funcionários e líderes a procurar novas oportunidades tecnológicas emergentes.
Os Riscos Organizacionais de uma Transformação Digital Lenta
Segundo o estudo da MIT, as organizações que se preparam para o futuro através de uma transformação digital bem sucedida conseguem uma margem de lucro 14% superior às empresas da mesma indústria que ainda não alcançaram a transformação através da digitalização. Além do impacto negativo no lucro, iniciativas de transformação lentas também:
• Restringem o crescimento e inovação das empresas, fazendo com que percam terreno face aos concorrentes.
• Impactam negativamente a experiência do cliente, conforme as aplicações, serviços e processos se tornam desatualizados.
• Reforçam hábitos de resistência à mudança por parte dos funcionários, o que depois exige formação adicional.
• Dificultam a capacitação dos funcionários através de ferramentas que maximizam o seu desempenho, produtividade e resultados.
• Geram dificuldades na partilha e integração de dados e informação entre todos os departamentos.
10 Formas de Acelerar a Transformação Digital em 2023
Partilhamos dez estratégias de aceleração da transformação digital que permitem que as empresas construam, integrem e lancem novas iniciativas digitais, encontrando valor nos seus investimentos tecnológicos.
1. Construir um plano de transformação digital alinhado com os seus objetivos, necessidades e indicadores contextuais.
Embora novas tecnologias de negócio possam parecer empolgantes, as organizações devem investir em projetos de transformação que gerem resultados alinhados com os seus principais objetivos, necessidades, indicadores e impulsionadores.
Isto implica primeiramente comunicar com todos os líderes - especificamente, os líderes de TI e responsáveis de departamentos que são elementos decisores no que toca à tecnologia - e educá-los quanto às necessidades principais do negócio. Isto traduz-se em ciclos de desenvolvimento mais rápidos e em menos implementações de software falhadas.
As organizações devem mapear os seus investimentos tecnológicos e necessidades futuras, através de um plano de TI (roadmap). Este plano define os principais objetivos, tecnologias, táticas, entre outras variáveis, e visa mostrar de que forma estes investimentos se alinharão com os objetivos gerais do negócio.
2. Oferecer formação técnica aos funcionários, para melhorar a sua literacia digital.
Um dos grandes obstáculos para a maioria das empresas face à transformação digital é a iliteracia digital da sua mão de obra. De facto, e segundo um estudo de 2023, 78% dos funcionários dizem que lhes falta a perícia digital necessária para otimizar a utilização das ferramentas que usam diariamente, sendo necessário apoio e formação adicional. Outros 84% afirmam que não sabem usar algumas funcionalidades chave e processos do software que usam todos os dias.
Apesar de ser um desafio significativo, este pode ser ultrapassado através de uma formação contínua para construir destreza digital.
Muitas empresas encaram os esforços de transformação digital como uma forma de aumentar a produção dos funcionários. No entanto, estes esforços devem ser vistos como o contrário - a transformação digital permite aos funcionários serem mais produtivos e terem um melhor desempenho através da automação de tarefas rotineiras, alavancando a tecnologia de forma a apoiá-los e a ser mais inovadores.
3. Investir em experiências que vão ao encontro das necessidades dos clientes.
Esforços de transformação digital tipicamente encaixam-se em duas categorias: melhorias operacionais internas e melhoria das experiências dos clientes. Para lançar projetos de transformação centrados no cliente, o ideal é ouvir e entender o que os clientes têm a dizer sobre o produto ou serviço.
Assim, é fulcral ler avaliações dos clientes, recolher o seu feedback, e organizar reuniões pessoais com os parceiros mais valiosos de modo a entender as suas expectativas do produto ou serviço. Os investimentos em transformação centrada no cliente deve resolver os desafios e problemas identificados nesta pesquisa de clientes.
Algumas das transformação de experiência de cliente mais comuns incluem: a criação de experiências multi-canal, a construção de experiências mais contextuais, e a oferta de um serviço mais integrado e fluído, com uma experiência de apoio baseada no auto-apoio.
4. Monitorizar a adoção de novas aplicações baseadas nos funcionários e experiências direcionadas aos clientes.
A fase de adoção é um passo crítico no processo de transformação. É nesta fase que os funcionários e os empregados percebem o valor da tecnologia inovadora e da mudança, formando hábitos que se integram no seu fluxo de trabalho. Para medir a adoção digital, é fulcral monitorizar o comportamento dos utilizadores das novas ferramentas, programas e aplicações. Isto permite: personalizar o onboarding e suporte dos utilizadores, conforme a forma como adotam as novas tecnologias; identificar pontos críticos dos processos e ferramentas digitais; e identificar problemas comuns de suporte, que podem ser remdidados com documentação centrada no cliente, artigos de how-to e apoio dentro das aplicações ou programas.
5. Adotar uma abordagem agile em todas as operações e processos.
Para que a transformação digital se adapte às constantes mudanças tecnológicas (vejamos como exemplo o rápido avanço e integração da inteligência artificial), os líderes de TI devem adotar a metodologia agile como um princípio chave da empresa.
A metodologia Agile é uma abordagem à gestão de projetos que enfatiza a flexibilidade, a colaboração e o desenvolvimento constante. Consiste em repartir um projeto em tarefas mais pequenas e geríveis, e testar continuamente o produto, para compreender prioridades e introduzir mudanças no desenvolvimento do projeto, caso seja necessário.
Uma estratégia agile implica acolher também uma mentalidade e cultura empresarial que vá de encontro com esta metodologia. Ter membros inovadores que se conseguem rapidamente adaptar à mudança significa estes estarão mais abertos à mudança e mais aptos para a adoção de novas ferramentas e processos e terão uma melhor abordagem à resolução de problemas, o que tornará a empresa mais ágil e flexível.
6. Investir em ferramentas e construir processos que são reutilizáveis.
As organizações devem focar-se em investir no software e investimentos tecnológicos certos, e em ecossistemas digitais que possam ser utilizados em vários casos, ajudar a resolver vários desafios, partilhar dados através de APIS e integrar-se nativamente entre si.
As organizações devem ainda evitar investir em tecnologia sem fundamentos para tal. De acordo com um estudo da Vendr, uma organização desperdiça em média $135.000 em 2020 em software que não é usado, ou em subscrições duplicadas.
7. Fornecer aos funcionários ferramentas de apoio à sua performance.
Muitos líderes de TI encaram a formação como um evento único. No entanto, os funcionários deparam-se regularmente com problemas com tarefas digitais. De acordo com o estudo da Whatfix, 76% dos utilizadores finais afirmam que aceder e encontrar formação e conteúdo de apoio sobre um software é difícil.
Isto leva a que os funcionários fiquem frustrados com as tarefas e aplicações digitais com que têm de trabalhar, o que se traduz numa adoção pobre e uma produtividade mais baixa devido ao tempo gasto a procurar respostas.
Para ultrapassar este desafio, as organizações devem apoiar os seus funcionários com ferramentas de apoio ao desempenho que lhes forneçam apoio autónomo e acessível, durante o seu fluxo de trabalho.
8. Tornar-se uma empresa data driven.
Um dos grandes objetivos da transformação digital é melhorar a integração de dados e fornecer às empresas as variáveis analíticas necessárias para fazer decisões orientadas pelos dados. As organizações devem alimentar uma cultura de literacia de dados através de formação e de uma partilha de dados mais transparente.
Estas práticas ajudam as empresas a tomar melhores decisões apoiadas por dados e a descobrir padrões e tendências que anteriormente não eram visíveis.
9. Comunicar de forma transparente com os funcionários.
Os líderes de TI e Diretores Executivos de Informação poderão conhecer os desafios que enfrentam no seu dia-a-dia, bem como os objetivos de negócio para os quais trabalham. No entanto, é um desafio estar cientes dos desafios principais de cada departamento sem falar diretamente com os responsáveis desses departamentos e com os funcionários.
Fomentar uma comunicação aberta entre líderes de TI e funcionários de outros departamentos permitirá que os responsáveis por fazer investimentos tecnológicos entendam os desafios críticos e áreas de fricção digital em cada departamento e percebam onde é necessário um maior apoio.
Permite também que os líderes de TI comuniquem projetos correntes e transmitam avisos e atualizações em aplicações e processos futuros que impactarão diretamente as rotinas individuais dos funcionários.
10. Encorajar os funcionários e líderes a procurar novas oportunidades tecnológicas emergentes.
A tecnologia muda rápido. Aqueles que se mantêm a par do que está a acontecer na sua indústria, no mundo TI, e na tecnologia em geral, têm uma vantagem competitiva. As organizações devem tirar proveito deste facto ao fornecer aos funcionários oportunidades de aprendizagem sobre tecnologias e tendências emergentes.
É importante encorajar os funcionários e líderes a trazer novas ideias, ao criar um sistema ou estrutura onde estas ideias possam ser partilhadas. Isto contribuirá para a ligação dos funcionários com os objetivos de negócio, permitirá que as empresas prioritizem as ideias mais interessantes e valiosas e descartem aquelas que não se encaixam nos objetivos presentes ou futuros.
Caso de sucesso com Odoo: Style Production
Com a adoção do Odoo, a Style Production melhorou significativamente a sua produtividade e eficiência.
De Que Forma Pode o Odoo Ajudar na Transformação Digital?
O Odoo pode ser uma ferramenta valiosa na transformação digital de uma organização. A sua abordagem modular permite que as empresas selecionem e implementem apenas os módulos que necessitam, fazendo com que seja uma solução flexível e customizável. Isto significa que as empresas podem escolher os módulos específicos que se alinham com os seus objetivos de transformação digital e implementá-los numa abordagem faseada.
O módulo de contabilidade do Odoo, por exemplo, permite que as empresas automatizem processos financeiros, reduzam esforço manual e melhorem a eficácia das operações. O seu módulo de gestão de projeto pode ajudar as equipas dos vários departamentos a colaborar de forma mais eficaz e gerir projetos de forma mais eficiente. Já o módulo de gestão de produção poderá ser um dos que mais tem a acrescentar à transformação digital, uma vez que permite digitalizar processos industriais e gerir o funcionamento e produção de toda a empresa, exponenciando a sua produtividade.
Adicionalmente, a natureza open-source do Odoo permite que este possa ser facilmente customizado e integrado com outros sistemas, permitindo às empresas criar um ecossistema digital fluído e integrado, que apoia as suas necessidades específicas.
Assim, o Odoo representa uma ferramenta valiosa na transformação digital ao oferecer uma plataforma customizável e flexível que pode ser adaptada de forma a ir ao encontro das necessidades de cada empresa.
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